22 de mai. de 2012

Perfeitamente estranho

                Não era muito tarde, o relógio da igreja Dom Bosco quase marcava uma hora, o sino já havia tocado e o sol brilhava por entre nuvens com tons de cinza, céu azul e o vento gelado do final do outono.
                O mundo é assim, não sei se é assim acredito que seja assim, cheio de trocas de olhares e risos desastrados de momentos verdadeiros, daqueles sem máscaras onde é possível deixar sua timidez falar mais alto sem ter que corresponder a expectativas.
                Como quando sem aviso você, ou eu, acaba por dobrar a esquina olhando para o celular e bate de frente com uma linda mulher que andava despreocupada, ou não, com a vida e após o susto e um gritinho leve se pega rindo da situação, você espantado e com o rosto corado, sem saber o que fazer encarando aqueles lindos olhos esboça um simples: “Desculpa” aí os dois saem andando em sentidos opostos e se olham duas vezes, você com rosto voltando ao normal e ela com um belo sorriso nos lábios e os olhos castanhos olhando os seus olhos castanhos.
            

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