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25 de set. de 2011

Wonderlust king

"'Você é um ogro, é isso que você é e ponto!'

Nada de cavalheirismo. Tente ser criado de uma maneira em que ninguém mais é. Você só é considerado homem se cruzar os sete mares, enfrentar grandes batalhas, desbravar matas inexploráveis.

Honra.

É o tipo de coisa que se adquire. Você faz por merecer. Vitoria tem um gosto doce. Não somente por ter massacrado seu inimigo, mas porque você faz isso com respeito. É capaz de olhá-lo nos olhos sem se sentir inferior ou arrogante.

Disciplina é facilmente confundida com arrogância.

Erro comum. Pessoas medíocres não são capazes de entender valores que te fazem ser o que é.

Sou ogro, e busco uma mulher tão forte quanto o que quero ser. Capaz de deixar o comodismo e construir um futuro em circunstancias tão incertas quanto a crise no oriente.

Depois de alguns socos você percebe que não é de vidro e que levar pancadas é natural. O que ninguém faz é saber até onde agüenta. Sem dinheiro, sem grandes perspectivas, caído, desmotivado. É difícil levantar em situações assim."

24 de set. de 2011

Through Glass

"Duas décadas. Eu só consigo pensar em uma vida inútil, é em momentos assim que você pede para que uma bala perdida ache seu endereço. Ainda não, há bocas a beijar, camas a deitar, corações a quebrar.

Sempre só. No fim é isso, no começo também. Existem pacotes vendidos onde o meio parece atraente. Carro do ano, garota linda, sorrisos estampados. Garantia de uma vida plena.

Só penso nas palavras de Tyler: “Pro inferno com essas coisas, eu digo nunca se sinta completo” algo mais ou menos assim.

Deus! Como eu queria um cigarro agora.

Sem nada pra me acalmar, não hoje, não esta noite. Nem a Lua, Amora, L. ou os lábios que mais cedo juraram ser meus.

Só!

Mais uma dose, duas, três, vinte... Não interessa a quantidade, muito menos a qualidade.

Maldita insônia, antigamente você só me pegava em Goiás. As coisas mudam e você continua aí, somos uma bela equipe. Você, ressaca, eu e amores não correspondidos. Que seja assim até a eternidade, ou pelos próximos seis anos."

18 de set. de 2011

Time for heroes

"Acordou o corpo ainda doía se dirigiu com precisão até a pia do banheiro. Sacou a escova de dente com a velocidade de um cowboy em duelo. A mesma rotina. O mesmo sangue ao enxaguar a boca, com o mesmo roxo no olho e a mesma mulher no coração.

A casa suja, roupas também. Sinais de alguém desapegado, mas se era assim tão desapegado porque não superava essa fase de amor não correspondido e brigas sem sentido? Mais um gole no gim aberto em cima do balcão. Para comer apenas restos, pra viver tinha menos que isso. Pensava sozinho que seria melhor não ter tanta sorte no jogo e finalmente conseguir o que queria. Por uma noite.

Por alguns anos."

10 de set. de 2011

Loving cup

"Não era uma noite qualquer, o frio havia cessado –isso o deixava irritado- e as estrelas brilhavam. Saiu mais cedo da aula e sentou-se na escada para ouvir um pouco de musica e terminar seu livro. Com os fones no ouvido não reparou se tinha mais alguém dividindo o degrau.

Lá estava ela. Lendo Nietzsche como se não tivesse nada mais importante a ser feito, sem ligar pra falta que ganhou por não responder chamada. Olhou assustada para o lado quando ele se sentou, tentou não sentir-se incomodada com o jeito (quase) arrogante dele.

Não agüentou por muito tempo.

-Oi?

-Oi...

-Tá lendo o que?

- É a respeito de um álbum dos Stones.

-Interessante?"

13 de ago. de 2011

Simple twist of fate

"Ela contava pouco mais de trinta anos de idade. Carreira profissional definida, aparentemente bem casada com um filho de dois para três anos. Fazia compras pro mês, aproveitava o horário de almoço pra isso.

Ela levava um estilo de vida saudável, praticava pilates e era vegetariana. Ele fumava e seu álbum favorito era Power metal. Qual a verdadeira chance de acontecer algo?

Bom caro leitor, eu diria nenhuma. Mas naquela tarde em especial, o mundo parecia estranho, esfumaçado, quente e cinza. Ele havia pegado uma garrafa de uísque e bebia alguns goles enquanto enchia o carrinho de comida. Ela procurava a área de produtos enlatados, num momento de descuido os carrinhos se esbarraram.

Se olharam.

Ela usava um vestido que caía perfeitamente no seu corpo comportado, pouca maquiagem e algumas jóias espalhadas quase que estrategicamente, estava linda. Ele usava uma de suas camisetas surradas, o bracelete de couro que uma ex tinha dado de presente, jeans rasgado e chinelos.

Ela reparou na cara de ressaca.

Pediram desculpas juntos com um leve sorriso na face. Acharam-se idiotas por terem falado ao mesmo tempo. Ela sentiu o rosto corar. Ele sentiu que precisava dizer algo. Mas não falou, abaixou a cabeça e seguiu até o corredor de enlatados. Ela ia atrás.

Por ironia do destino esbarrou em sua garrafa já aberta de uísque, derramou metade no vestido da pobre moça. Sem saber ao certo o que fazer se desculpou novamente. Morava perto do mercado então ofereceu sua casa para que ela pudesse se limpar.

Ele então reparou nos olhos."



11 de ago. de 2011

Janta

"Por algum motivo lembrou-se da infância, de como se sentia no natal ao olhar os amigos e as outras pessoas. Acreditava realmente que todos estavam tendo um natal mais feliz que o dele - uma vida mais feliz também. Nunca lhe deixaram faltar nada, e sempre lhe faltou tudo. Se lembrou de como as crianças podem ser cruéis e da selva que era o colégio. Lembrou também de suas primeiras paixões.

A namoradinha do jardim da infância, se não fugia o nome da memória era algo próximo a Larissa. Ele pelo menos considerava. Lembrou do primeiro beijo, a primeira namorada, de como se sentiu um monstro quando foi largado e como ela foi insensível ao fazer isso pela internet. Lembrou da primeira vez que transou.

Nesse momento ele sorriu, percebeu que começou tudo errado, perdeu a virgindade com uma qualquer, porque viu a menina que mais gostava com outro. E depois da primeira veio a segunda, terceira, quarta, quinta, se apaixonou novamente. Dessa vez sem sexo, ele achava que ela seria “A” mulher de sua vida. Namoraram um tempo. Ele se apaixonou por outra.

Essa sim era diferente.

Um simples olhar dela esquentava e ainda esquenta todo corpo dele, um sorriso em algum momento oportuno era e é o suficiente para fazer com que ele se sinta o cara mais sortudo do mundo. Mas ele ainda namorava outra, ainda se sentia vazio.

Um fato engraçado é que, quando se gosta de uma pessoa e ela não te retribui você vai tomando raiva, pega birra, fica puto."