Não
é o jeito de se fazer. Até que é, mas não a primeira vez.
Não essa primeira vez.
Um
olho na porta e outro nela, os dois deveriam estar nela. Um ouvido no roncar da
colega e outro nos gemidos baixos dela.
Não
nessa primeira vez.
Não
é idealizar, imaginar ou criar muito. É querer o certo, porque isso é certo.
Não dá pra se arrepender quando a vontade é grande assim, quando os beijos são
envolventes e a pele é chamativa assim. Não dá pra espalhar, se negar acreditar
e nunca mais procurar. Não quando o olhar de prazer e a risada safada dela
ficam daquele jeito comigo.
Não
na primeira vez.
O
colchão no chão foi meio romântico, isso não posso discutir e eu acho que a
minha camiseta tá meio relaxada na gola e as costas estão arranhadas. Isso é
bom.
Mas
eu quero o melhor. O melhor possível pra gente.
Pelo
menos na primeira vez.