11 de ago. de 2011

Janta

"Por algum motivo lembrou-se da infância, de como se sentia no natal ao olhar os amigos e as outras pessoas. Acreditava realmente que todos estavam tendo um natal mais feliz que o dele - uma vida mais feliz também. Nunca lhe deixaram faltar nada, e sempre lhe faltou tudo. Se lembrou de como as crianças podem ser cruéis e da selva que era o colégio. Lembrou também de suas primeiras paixões.

A namoradinha do jardim da infância, se não fugia o nome da memória era algo próximo a Larissa. Ele pelo menos considerava. Lembrou do primeiro beijo, a primeira namorada, de como se sentiu um monstro quando foi largado e como ela foi insensível ao fazer isso pela internet. Lembrou da primeira vez que transou.

Nesse momento ele sorriu, percebeu que começou tudo errado, perdeu a virgindade com uma qualquer, porque viu a menina que mais gostava com outro. E depois da primeira veio a segunda, terceira, quarta, quinta, se apaixonou novamente. Dessa vez sem sexo, ele achava que ela seria “A” mulher de sua vida. Namoraram um tempo. Ele se apaixonou por outra.

Essa sim era diferente.

Um simples olhar dela esquentava e ainda esquenta todo corpo dele, um sorriso em algum momento oportuno era e é o suficiente para fazer com que ele se sinta o cara mais sortudo do mundo. Mas ele ainda namorava outra, ainda se sentia vazio.

Um fato engraçado é que, quando se gosta de uma pessoa e ela não te retribui você vai tomando raiva, pega birra, fica puto."





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