6 de dez. de 2012

Fluído



                Tesão é a base do amor. Aí vem você me dizer que existe amor de amigo e mimimi pai e mãe mimi e essas paumolagens todas. Pois bem, eu não estou falando desse amor.
                Me cite dois casais que se amam e que, ali entre os dois, não exista tesão.
                Podem ser dois homens, duas mulheres, um homem e uma mulher, se for colunista da veja vale, até, um homem e uma cabra. Dois casais que se amam e não sentem tesão um pelo outro.
                Vou facilitar sua vida.
                Um só.
                É difícil né?! O tesão recebeu ao longo dos anos esse fardo estranho, essa coisa complicada. Como se fosse errado e devêssemos nos sentir como pessoas ruins por termos isso. Enquanto o amor, durante os séculos, foi eternizado em sonetos e cartas, poesias e em calças apertadas e corações inseguros gravados a força em qualquer madeira.
                Eu sinto falta dos relatos puros de algum período da humanidade, já que os reis fodiam e as camponesas e camponeses com seus dentes podres e genitais mal lavados fodiam. O que temos disso?
                No máximo uma nota de rodapé: Foi queimado por trepar!
                Triste.
                Mais triste ainda é perceber que hoje, também, se queimam pessoas por amar, amar na forma mais pura, simples e inicial, durante uma bela trepada em uma tarde entediante de dezembro.

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