Tesão
é a base do amor. Aí vem você me dizer que existe amor de amigo e mimimi pai e
mãe mimi e essas paumolagens todas. Pois bem, eu não estou falando desse amor.
Me
cite dois casais que se amam e que, ali entre os dois, não exista tesão.
Podem
ser dois homens, duas mulheres, um homem e uma mulher, se for colunista da veja
vale, até, um homem e uma cabra. Dois casais que se amam e não sentem tesão um
pelo outro.
Vou
facilitar sua vida.
Um
só.
É
difícil né?! O tesão recebeu ao longo dos anos esse fardo estranho, essa coisa
complicada. Como se fosse errado e devêssemos nos sentir como pessoas ruins por
termos isso. Enquanto o amor, durante os séculos, foi eternizado em sonetos e
cartas, poesias e em calças apertadas e corações inseguros gravados a força em
qualquer madeira.
Eu
sinto falta dos relatos puros de algum período da humanidade, já que os reis fodiam
e as camponesas e camponeses com seus dentes podres e genitais mal lavados
fodiam. O que temos disso?
No
máximo uma nota de rodapé: Foi queimado por trepar!
Triste.
Mais
triste ainda é perceber que hoje, também, se queimam pessoas por amar, amar na
forma mais pura, simples e inicial, durante uma bela trepada em uma tarde
entediante de dezembro.
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