31 de ago. de 2011

Last night

A matemática era simples. Ele um rapaz excitado, ela uma mulher recém descoberta. Ele mentia fácil, ela ainda acreditava. Ele dizia coisas banais usava de jogos de sedução chulos, quase como se fossem uma arte. Ela o achava incrível. Comprava o jogo, dizia sim.

Sims demais.

Ele como bom canalha fazia-a sentir-se única. Única como todas as outras antes e provavelmente depois dela. Era o charme dele. Aquele jeito descuidado, tratando todas como se fossem “A” mulher amada. Era isso que fazia dele alguém inesquecível (pelo menos por uma noite), era isso que o tornava especial.

Elas após alguns minutos de conversa o consideravam inofensivo. Considerariam também o chocalho de uma cascavel se olhassem a dona nos olhos. Abaixou a guarda, deu sinal de interesse. Achou que ele fosse diferente. De fato era. Mas nem sempre o diferente é bom. Um coração infectado raramente se cura.

Ele atacou.

Inofensiva sofreu as conseqüências. Enganada, usada. Por inocência ou quem sabe até querência. Seus motivos ainda são um mistério. O fato é que após o raiar do dia, acordaram e seguiram cada um seu caminho. Encontraram-se socialmente e se cumprimentaram como conhecidos.

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