15 de ago. de 2011

Querida L.

Nunca soube ao certo como começar uma carta, sempre tive dificuldades sabe?! As palavras fogem me esqueço o que ia escrever. Por falar em me esquecer, veja só, me esqueci do aniversario da minha mãe. Mas ela não levou tão a serio, sabe que eu sempre fui ruim com datas e que na correria que está tudo aqui seria bem normal me esquecer mesmo.

Bom, a cidade a voltou a ficar fria, o que é ótimo pro meu resfriado. Você sabe que eu sempre adoeço no calor. Tive de vender meu carro. Não foi nada demais... como sempre brinquei com você: “ossos do oficio”.

Hoje acordei mais feliz (pra variar), acho que foi por causa do meu nariz, ele finalmente desentupiu e o travesseiro que você não levou ainda tem um pouco de perfume. Acordei com seu cheiro. Me levantei até mais disposto. Tirei o mato do quintal, o pé de amora parecia abandonado. Fiz a barba e joguei as garrafas vazias fora.

A casa parece bem mais clara.

Claro que ainda penso nos dias que passamos juntos e em todo esse tempo que tenho pra pensar em mim, no qual insisto em gastar pensando em você. Mas você sabe bem que isto sou eu, tentando erroneamente te dizer coisas que não devem ser ditas, e, não importa o quão fria, distante e não-intima (se é que existe essa palavra) você se torne. Vou estar aqui, de abraços abertos e coração machucado. Como sempre estive.

Já vai pra dois meses sem noticias suas, espero que esteja bem. Se cuida. De um homem que te quer bem, atenciosamente J.

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