22 de ago. de 2011

Querida L.

Estranho quando penso no ponto em que chegamos. Eu aqui sem noticias suas, sem expectativas, sem esperança sem sinal de vida.

Ainda tenho tanta coisa pra te dizer, tantos beijos pra te dar e abraços a compartilhar. Acreditava que tínhamos tanto a viver, mas você se foi. Como deve ter percebido desisti de ligar, você nunca me atendia. Espero pelo menos que esteja recebendo minhas cartas.

Você faz mais falta do que eu queria que fizesse.

As coisas por aqui começaram a se arrumar (pelo menos é o que parece). Sei que você não se importa, mas faz parte de mim, dar murro em ponta de faca. Percebo agora o que nem sempre esteve claro. Eu sempre fui pra você só mais uma causa perdida.

Conheci outras pessoas. Pode ser que pare finalmente de te escrever, pode ser que alguém finalmente tome o seu lugar. Como diz a TV que fica ligada durante as tardes de insônia: “pode ser, pode ser tanta coisa”.

Achei na gaveta algumas cartas que nunca te enviei. Cartas da época em que estávamos juntos e você precisava viajar a trabalho. Lembro como se fosse hoje, passava semanas fora. Foi assim que começamos a nos corresponder. Ainda guardo as suas.

Chega de nostalgia e de esperar que milagrosamente você volte a sentir por mim o que sentiu um dia. Passou. Eu fui pra você o que fui pras outras.

Só mais um caso transitório.

Você ainda é pra mim o que nenhuma outra foi capaz de ser. Minha vontade de viver. Acreditava mesmo que teríamos um futuro juntos.

Atenciosamente, de um cara que ainda te ama muito. J.

Ps.: O pé de amora parece doente.

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