6 de set. de 2011

Dare


          Jogou-a na parede e encaixou por trás. Ela com os olhos fechados, deu um sorriso safado. Ele, com a experiência de um jovem excitado, dominou. Pequenos gemidos. Ela tentava em vão se virar, sorria a cada estocada. As pernas tremiam, os lábios se abriam molhados como deveriam estar.

          Ele gostava do que via.

          Não só do que via, gostava do que sentia também. Apertada... Contra a parede, pelas mãos e boca. Delicada, com um fogo que se igualaria a mais linda ruiva. A cada movimento um novo gemido. A vontade de gritar lhe subia como o fogo que afastava o frio das ruas velhas daquela cidade antiga.

          Passou um carro.

          Pararam por um instante, até o carro fazer a curva. Agora de frente, ela dizia coisas aleatórias. Normal de quem está extasiado. Mordia como se quisesse um pedaço, arranhava (agora com as costas dele ao alcance de suas mãos) como se quisesse talhar aquele nobre cafajeste achando que ao retirar a grossa camada surgiria um rapaz de bem.

          Sem controle.

          Sem controle ou razão, continuaram nisso por horas. Durou por semanas, pelo menos na imaginação.


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