4 de nov. de 2011

Girls, girls, girls

A mão no bolso, movimento simples, maço pra fora. Duas batidas, e, o cigarro de procedência duvidosa deixa seu filtro vermelho à mostra. Sem tempo a perder leva o maço até a boca, prende o cigarro entre os lábios, com uma mão protege a chama do vento com a outra segura firme o isqueiro.

A primeira tragada queima junto com a nicotina e o fumo, metade de seus pensamentos. A segunda tragada não queima nada alem do de sempre, mas satisfaz aquela vontade interior de fuder com algo.

Dois dedos habilidosamente retiram o cigarro da boca, as luzes criam um clima, sua camisa preta, o cabelo bagunçado, jeans surrado e a barba por fazer definem o personagem.

“Eu te quero!”

Porque diabos ela não diz isso? Ele pensa. Mais outro trago, mais um gole no restante do uísque em seu cantil. Pessoas passam por ele, ele passa pelas pessoas. É difícil saber realmente quem te marca e por quem você é marcado.

“Você pensa em quê?” Sua nova amante de uma noite indaga. Só um sorriso como resposta, conforme-se com isso. É a vida, é o que tem pra hoje.

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