1 de mai. de 2012

Dia ensolarado

                São raros dias vestidos de saudade viva. Há dias que um pouco de sol e um rosto conhecido, mesmo que de outros carnavais usando outras mascaras, é mais que o suficiente para deixar no peito uma coisa estranha, um sopro desses que sobe até a garganta como se o coração quisesse gritar, mas não dá pra gritar. Não adianta tentar se guardar, ou matar esse pássaro que antes preso e moribundo no peito mal cantava, e, depois de alimentado cria vida e é como fogo quase incontrolável. É uma vontade estranha de ir alem, de tentar e conseguir, de conquistar. Não interessa o quanto de uísque, rum, vodka e fumaça de cigarro barato você coloque no peito, esse pássaro não vai morrer tão fácil, não nesses dias especiais, daqueles que o vento frio briga com o calor do sol e tudo fica assim, meio branco.

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