São
raros dias vestidos de saudade viva. Há dias que um pouco de sol e um rosto
conhecido, mesmo que de outros carnavais usando outras mascaras, é mais que o
suficiente para deixar no peito uma coisa estranha, um sopro desses que sobe
até a garganta como se o coração quisesse gritar, mas não dá pra gritar. Não
adianta tentar se guardar, ou matar esse pássaro que antes preso e moribundo no
peito mal cantava, e, depois de alimentado cria vida e é como fogo quase incontrolável.
É uma vontade estranha de ir alem, de tentar e conseguir, de conquistar. Não interessa
o quanto de uísque, rum, vodka e fumaça de cigarro barato você coloque no
peito, esse pássaro não vai morrer tão fácil, não nesses dias especiais,
daqueles que o vento frio briga com o calor do sol e tudo fica assim, meio branco.
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