Enquanto
caminhava até a faculdade semana passada, encontrei na beira da calçada em
frente as casas, no percurso que faço sempre, uma plantinha. Não qualquer
plantinha, a minha plantinha.
Nunca
soube o nome, mas desde a infância sempre esteve presente, não de maneira
direta e protagonizando grandes atos, mas sempre esteve ali. Ali no canto, com
suas pequenas folhas verdes e umas bolinhas engraçadas, meio encostada na
parede um pouco debruçada na calçada. Quase imperceptível.
Aquele
tom de verde único sempre foi tão lindo, mesmo que grande parte de mim ache verde
uma cor nojenta e sem personalidade.
Me ganhou. A minha plantinha poderia também ter tons pastel chatos e
vermelhos melancólicos que ainda sim seria minha. A minha preferida.
Ela
me traz como um filme toda infância, os playmobils, as brigas quase que
incessantes com os cartuchos do super Nintendo, as músicas bregas que ouvia no
auge da década de noventa, sentado a beira da calçada sob o céu estrelado
tramando planos para quando conseguisse super poderes...
Lá
estava ela com seu cheiro meio remédio meio mato, me fazendo companhia quando o
mundo parecia apático.
Não
sei se quero descobrir seu nome ou função, gosto dessa coisa meio Ultimo tango
em Paris.
Ela
sempre será minha plantinha e sua função é me acompanhar até onde for necessário.
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