1 de mai. de 2012

Ultimo tango em Paris

                Enquanto caminhava até a faculdade semana passada, encontrei na beira da calçada em frente as casas, no percurso que faço sempre, uma plantinha. Não qualquer plantinha, a minha plantinha.
                Nunca soube o nome, mas desde a infância sempre esteve presente, não de maneira direta e protagonizando grandes atos, mas sempre esteve ali. Ali no canto, com suas pequenas folhas verdes e umas bolinhas engraçadas, meio encostada na parede um pouco debruçada na calçada. Quase imperceptível.
                Aquele tom de verde único sempre foi tão lindo, mesmo que grande parte de mim ache verde uma cor nojenta e sem personalidade.
                Me ganhou. A minha plantinha poderia também ter tons pastel chatos e vermelhos melancólicos que ainda sim seria minha. A minha preferida.
                Ela me traz como um filme toda infância, os playmobils, as brigas quase que incessantes com os cartuchos do super Nintendo, as músicas bregas que ouvia no auge da década de noventa, sentado a beira da calçada sob o céu estrelado tramando planos para quando conseguisse super poderes...
                Lá estava ela com seu cheiro meio remédio meio mato, me fazendo companhia quando o mundo parecia apático.
                Não sei se quero descobrir seu nome ou função, gosto dessa coisa meio Ultimo tango em Paris.
                Ela sempre será minha plantinha e sua função é me acompanhar até onde for necessário.

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