É estúpido pensar que é possível
institucionalizar o rock’n roll. Não se pode segurar algo tão rebelde e esperar
que ele se contente em ficar em casa. Quando Jerry Lee Lewis dançou a “Great
Balls of fire” pela primeira vez, ele não tinha a Calçada da Fama do Rock’n
Roll em vista ou algum museu. Na verdade, as palavras “rock’n roll” e “museu” não deveriam nem
mesmo aparecer na mesma frase.
E,
no entanto, considerando a última leva sincronizada de lábios com seios
siliconados e bandas de garotos frescos, eu, de má vontade, concluí que a
Calçada da Fama do Rock’n Roll é um mal necessário. Como uma cultura, é nossa
incumbência mostrar à próxima geração que as estrelas do rock foram uma vez
descobertas na boate Marquee, e não no Mickey Mouse Club. Pessoalmente, não
vejo necessidade de visitar a Calçada da Fama do Rock’n Roll tão cedo. Mas como
arquivista e historiador estou feliz por ela existir. Desde que nunca
desmantelem a exposição de Muddy Waters para abrir espaço para a exposição de
Justin Timberlake.
Bill German em Under Their Thumbs pag.: 210
Olha só, noir pequi.
ResponderExcluirSonhei de novo.
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