13 de jul. de 2012

19 O tesouro de um homem

               É estúpido pensar que é possível institucionalizar o rock’n roll. Não se pode segurar algo tão rebelde e esperar que ele se contente em ficar em casa. Quando Jerry Lee Lewis dançou a “Great Balls of fire” pela primeira vez, ele não tinha a Calçada da Fama do Rock’n Roll em vista ou algum museu. Na verdade, as palavras  “rock’n roll” e “museu” não deveriam nem mesmo aparecer na mesma frase.
                E, no entanto, considerando a última leva sincronizada de lábios com seios siliconados e bandas de garotos frescos, eu, de má vontade, concluí que a Calçada da Fama do Rock’n Roll é um mal necessário. Como uma cultura, é nossa incumbência mostrar à próxima geração que as estrelas do rock foram uma vez descobertas na boate Marquee, e não no Mickey Mouse Club. Pessoalmente, não vejo necessidade de visitar a Calçada da Fama do Rock’n Roll tão cedo. Mas como arquivista e historiador estou feliz por ela existir. Desde que nunca desmantelem a exposição de Muddy Waters para abrir espaço para a exposição de Justin Timberlake. 





Bill German em Under Their Thumbs pag.: 210

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