Vinha
rápido, acima do limite permitido. “Ainda dá tempo”. Bom... Não deu, o sinal
fechou. Ao lado parou alguém num modelo de carro parecido só que branco, vidros
negros e Velhas Virgens no som.
Deu
sinal e assim que ficou verde saíram a cantar pneus, no carro preto Crüe fazia
a trilha, no branco, agora, AC/DC. No segundo sinal fechado o vidro negro
abaixa, o rapaz do carro preto rindo da situação se depara com belos olhos
orientais e um sorriso safado na boca da deliciosa mulher do carro branco. Verde.
Dessa
vez não correram, brincaram de ficar na traseira um do outro oscilando entre
farol alto e baixo nos retrovisores.
A
dança durou o tempo necessário.
Pararam
em um grande espaço aberto fora da cidade e bem a beira da estrada, ali a dança
mudou.
O
que ditava o ritmo era o tesão e Motörhead.
As
unhas negras da mulher nas costas do rapaz, beijos ardentes e mordidas sem dó.
Nunca
mais se viram e nem sabem o nome um do outro, mas sentem um calor estranho
quando se lembram de tudo e das marcas que ficaram nos carros.
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