21 de set. de 2011

Pra você guardei o amor

Era um período de mudanças, ele ainda não percebera isso. Conheceu pessoas novas, poucas eram tão incríveis quanto ela. Não entendeu de imediato o motivo dela lhe olhar estranho no dia após a festa.

A! Como ele gostava daqueles olhos claros.

Si segurava muito para não beijá-la sempre que se encontravam. Ela era carinhosa e ele estava carente. Combinação perigosa para alguém comprometido. Era inevitável que se envolvessem, pelo menos foi o que percebeu anos depois.

Ela era especial.

Agora mais uma vez os ventos da mudança (por assim dizer), entram em ação. Em uma quarta-feira a tarde chega a noticia: “Você vai embora amanhã”. Dividido. Era isso que ele sentia, queria abraçá-la e passar o resto do dia e as ultimas horas da noite com ela, sentindo o cheiro bom que o cabelo daquela mulher de sorriso fácil tinha.

Ele se lembra do aperto que sentiu no peito ao se despedir, de como foi difícil dizer tchau, subir na moto e partir. Seu futuro continua tão incerto quanto naquela noite. Voltou alguns dias depois, na duvida se deveria ou não procurá-la perdeu, perdeu um daqueles momentos que não deveriam ser perdidos.

Ela jamais soube o quanto significava pra ele, apesar dele ainda ter guardado o coração feito de um rotulo de cerveja que ela lhe dera quando fizeram as pazes naquele dia após a festa. O tempo agiu como deveria.

Perderam contato.

Natural, estranho é ele ainda sentir-se bem ao lembrar-se dela.

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