20 de set. de 2011

Violêro

E hoje eu acordo saudosista. Sentindo falta de uma infância bem vivida, de brigas, paixões, intrigas e imaginação. Sentindo falta de escrever em papeis aleatórios o que viesse a mente ou até mesmo o que aconteceu durante o dia de maneira extremamente distorcida.

Entre raios, poderes e lutas incessantes travadas na pura ilusão ao fundo alguém canta: “Voa, voa, azulão...”

Eu seguia incógnito, salvando donzelas enfrentando dragões, não como um herói convencional. Nunca fiz prisioneiros. Morria varias vezes, revivia poucas. Um pedaço de madeira em punho que horas era minha espada, em outras um simples chicote. Meu cachorro que não era grande, mas em certos momentos atingia fácil cinco metros.

Jamais pensei que me tornaria o vilão.

Que seria de mim que as donzelas precisariam ser salvas, e, que conseguiria fazer o que faço sem peso na consciência. Quem poderia também imaginar que anos depois alguém ainda cantaria ao fundo: “deixe o rio que o rio é um fio de inspiração voa, voa, azulão...”

E o céu jamais foi tão azul quanto era.

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