15 de set. de 2012

Ciao



                Existem poucos lugares, no mundo, tão românticos quanto rodoviárias.
                O ar é diferente.
                Aeroportos perderam a essência, a verdade popular da despedida e do reencontro. Não gosto de viajar de ônibus, meus 1,85 de altura e 79 quilos somados as atuais configurações das poltronas me transportam para o inferno, durante o tempo da viagem. Mesmo assim ainda gosto de rodoviárias.
                São pessoas da terra, cheias de amor e paixões, mesmo que seja amor ao crack e paixão a cachaça. Mas o sentimento existe. Pulsa e corre talvez até mais forte, e rápido, que o sangue nas veias.
                É lá, entre as plataformas 1 e 15 que a singularidade grita, porque na hora do adeus a gente nunca sabe como vai reagir.

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