20 de mai. de 2013

Excesso de sinceridade



                Não se apaixone por mim. Não sinta nada, nem pena, ódio, amor, afeição. Nada. Simplesmente não compensa. Eu não sou talentoso, não tenho aptidão alguma, não toco bem e nem canto, não sou bom ator e tudo que escrevo gosto de classificar como: meia boca. Não cozinho bem. Se encher a cara, fosse esporte olímpico, porém, eu seria campeão. Talvez seja só isso. Isso e uma alta resistência ao frio. Eu não possuo o melhor pinto que você vai experimentar na vida, também não será o maior e mais grosso. Eu não sou especial, já tentei ser, mas não sou e não pretendo ser tão cedo. Eu sei que não vou acrescentar nada a sua vida e, também, não vou “sugar” o que você tiver de especial. Vou ser nulo, assim como bilhões de pessoas no mundo. Indivíduos que nascem, morrem e não dizem nada, não são notados ou, sequer, fazem falta. Não tem a ausência notada. Humanos que serão em vida como o angu. Sem sabor. Este sou eu, habilidades que não servem para nada, ideias utópicas e ultrapassadas. Só mais alguém que não se encaixa e passa batido.
Pode ser que eu te diga tudo isso na primeira noite, ou que você descubra com o passar do tempo. Eu, só, não sou especial, e, não há previsão alguma de que isso, algum dia, mude.  

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