Gostaria
de dizer, hoje, que entendo Cobain. Entendo mesmo. De admirar. Ernest, vejo,
agora, que o fuzil é tão atraente quanto os seios da ruiva que mora na casa ao
lado. Compreendo de verdade. Quando um dos, poucos, bons políticos brasileiros,
o Tiririca, contrariando expectativa geral, disse que se sentia de mãos atadas
e não tentaria reeleição – num tom triste – “Já fiz tudo que era possível” Ele
também captou o mesmo que eu.
É
muita merda.
Se sufocaram com ela e estou começando a me sentir como eles. É difícil dizer que não
vejo saída. Sou jovem, eu vejo saída. É perceptível, ainda, há esperança. O
fogo arde. Mas vai chegar um dia em que isso não existirá.
Quando
esse dia chegar nem os peitos da ruiva, a buceta interiorana, o uísque maltado
e todo dinheiro do mundo será capaz de retirar a merda que afoga pessoas como
Cobain. Talvez eu não seja como ele, e, a merda não me atinja. Porém, as coisas
não tendem a mudar, pelo menos não na minha vida. Seguindo a linha de hoje, meu
único motivo de esperança é pensar: Me juntarei a você, Hemingway, no inferno
ou onde quer que se encontre todos aqueles que se afogaram e afogarão nos males
do mundo.
É
triste pensar que como nós, existem milhares.
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