Eu que
não mudo mais a temperatura do chuveiro no inverno.
O morno do outono não satisfaz.
Eu que
não digo que sinto a sua falta como dizia antes, não me sirvo mais fartas doses
de álcool e amor lascivo.
Não sigo mais o instinto e nem me deito em camas
desconhecidas.
Eu que
quando te vejo quase não respiro e nego os sentidos.
Eu que
não ardo mais em desejo e nem com a minha dura rigidez fálica satisfaço a
vontade em flores alheias.
Eu que
não mudo mais a temperatura do chuveiro no inverno.
Não mudo por não querer sentir nada quente e úmido, em mim, além de você.
Não mudo por não querer sentir nada quente e úmido, em mim, além de você.
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