Achou
que fosse saudade, mas era só o sutiã apertando mais que o normal. Pensou gostar
muito, só que na verdade era fome. Nessas tardes corridas de outono nublado,
passando por cima de folhas secas, poças d’água e machucados. Com uma tosse
levemente molhada. Acreditou na paixão alheia, mesmo sentindo somente um apego
momentâneo.
Não
somos, mesmo, donos daquilo que dissemos.
Achou
que ele passaria a vida aumentando o que sentia por ela. Ele poderia amá-la.
Ele quase amou. Mas não era paixão, longe disso. Era cômodo, pros dois. Numa
noite quente, em uma cidade assombrada, ela encontra o fim. Encontrou o fim em
um novo começo. Naquela noite, em questão, o frio não apareceu, a lua brilhou
forte e nenhum demônio ousou ressurgir.
Ela
achou que gostava, até trocar o marasmo por paixão e se sentiu feliz por isso.
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